sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Criando cultura

Há algum tempo venho me ausentando do momento em que se senta em frente da TV para assistir ao noticiário regional ou nacional. As emissoras não de hoje descobriram como prender a atenção do espectador. A tragédia se faz presente na maior, senão toda, parte dos programas. Corrupção também é um tema que atrai.

A persuasão que a mídia possui permite-lhe manipular o povo, faz-lo ter medo, cria angústia e acarreta um sentimento de incerteza do que é preciso fazer, de como agir, do que pensar.

Os profissionais da área, jornalistas, repórteres, cinegrafistas, cometaristas e apresentadores são incutidos a exibir praticamente uma única página. A policial. São assaltos, homicídios, seqüestros que são anunciados em voz eloqüente, em letras generosas. No rodapé dessa página se encontra não atos de criação política, as soluções para problemas básicos como saúde, mas as espertezas de integrantes eleitos em apreender seu próprio lastro. Pessoas que, ao invés de serem satirizadas em programas, deveriam receber um modelo de tratamento. Serem expulsas de qualquer partido, perderem mandato, terem bens cassados e leiloados. O mínimo, senão o exílio.

A expressão 'liberdade de imprensa' é o estandarte carregado pelos donos e mandatários dos meios de comunicação e levado por seus veículos. Só que esse é um tanto distorcido, manipulado, parcial. E é praticamente improcessável. É o bem maior que possuem, do qual podem alegar o que lhes convêm, o que os enriquece às custas da idiotização popular.

Por que não levam a cultura, a ciência, a tecnologia, o poema, a filosofia como matéria de capa? Por que isso não é mais mais importante para nós? Por estarmos deixando, cada vez mais, nos controlar pela tragédia, que, anunciada como é, pretende somente gerar números maiores nas estatísticas de audiência. Essas estatísticas são sinômimo de rentabilidade vinda dos anunciantes.

Somos reféns de uma abrangente e complexa ação de massificação da cultura da tragédia. O que nos resta é que cada um pode tomar sua própria decisão. Assistir ou não os programas tendenciosos, em ler o que desenvolve a criatividade e ter sua própria opinião.

Site na internet a respeito:
Idiotizando para Lucrar - Ranulfo Bocayuva

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Coletivismo: O mal do Brasil.

O trecho abaixo foi retirado do romance de Ayn Rand, The Fountainhead (A Nascente). Ela é criadora de uma filosofia chamada Objetivismo na década de 40. Suas idéias se revelam atuais para o Brasil. Elas se encaixam, explicando como o homem se degrada quando trabalha pelo bem comum, pelo próximo e aceita viver de segunda mão.

O homem precisa ter suas próprias idéias e a essas prestar respeito, mantendo-as e preservando-as. Ao permitir que sejam violadas, está se escravizando. Quão não é escravo o nosso povo, que vive de segunda mão, aceita "bolsas família", "fome zero" e tantos outros programas do governo? Uma vara esperando ajuda alheia e abastecendo o altruísmo.

The Fountainhead (A Nascente)
Ayn Rand
pgs. 678 a 685

- Há milhares de anos, o primeiro homem descobriu como se fazia o fogo. Provavelmente foi queimado na fogueira que ensinou seus irmãos a ascender. Foi considerado um malfeitor que se envolveu com um demônio que os humanos temiam. Mas depois disso os homens tiveram fogo para mantê-los aquecidos, para cozinhar seus alimentos, para iluminar suas cavernas. Ele tinha lhes deixado um presente nunca antes concebido e ele tinha banido a escuridão da face da terra. Séculos mais tarde, o primeiro homem inventou a roda. Provavelmente foi torturado na roda que ensinou seus irmãos a construir. Foi considerado um transgressor que se aventurou em terreno proibido. Mas depois disso os homens puderam viajar para além do horizonte. Ele tinha lhes deixado um presente nunca antes concebido e ele tinha aberto as estradas do mundo.

Esse homem, o insubmisso e o primeiro, aparece nos capítulos introdutórios de todas as lendas de que a humanidade tem registros desde seu começo. Prometeu foi acorrentado a uma rocha e torturado por abutres... porque roubou o fogo dos deuses. Adão foi condenado a sofrer... porque comeu do fruto da árvore do conhecimento. Qualquer que seja a lenda, em algum lugar nas sombras de sua memória, a humanidade sabe que sua glória começou com um homem e que esse homem pagou por sua coragem.

Ao longo dos séculos existiram homens que deram os primeiros passos em novas estradas, armados apenas de sua visão. Tinham objetivos diferentes, mas todos eles tinham uma coisa em comum: que o seu passo foi o primeiro na estrada nova, que a sua visão era única, e a resposta que receberam foi o ódio. Os grandes criadores - os pensadores, os artistas, os cientistas, os inventores - enfrentaram sozinhos os homens de seu tempo. Houve oposição a todas as grandes idéias novas. Foram denunciadas todas as grandes novas invenções. O primeiro motor foi considerado bobagem. O avião foi considerado impossível. O tear automático foi considerado monstruoso. A anestesia foi considerada pecado. Eles lutaram, sofreram e pagaram. Mas venceram.

Nenhum criador foi instigado por um desejo de servir a seus irmãos, pois seus irmãos rejeitavam o presente que ele oferecia, e este presente destruía a rotina inerte de suas vidas. Sua verdade era sua única motivação. Sua própria verdade e seu próprio trabalho para realizá-la a seu próprio modo. Uma sinfonia, um livro, um motor, uma filosofia, um avião ou um edifício... esta era sua meta e sua vida. Não aqueles que ouviram, leram, operaram, acreditaram, voaram ou habitaram a coisa que ele criou. A criação, não seus usuários. A criação, não os benefícios que outros tiraram dela. A criação que deu forma à verdade dele. Ele acreditava em sua verdade acima de todas as coisas e a defendia, contra todos os homens.

Sua visão, sua força, sua coragem vinham de seu próprio espírito. O espírito de um homem, contudo, é seu próprio eu. Essa entidade que é sua consciência. Pensar, sentir, julgar, agir são funções do ego.

Os criadores não são abnegados. Esse é o segredo de sua força: que ela é auto-suficiente, automotivada, autogerada. Uma primeira causa, uma fonte de energia, uma força de vida, uma Máquina Motriz. O criador serve a nada e a ninguém. Ele vive para si mesmo. E foi apenas vivendo para si mesmo que ele conseguiu realizar as coisas que são a glória da humanidade. Tal é a natureza da realização.

O homem não pode sobreviver a não ser através de sua mente. Ele vem à Terra desarmado. Seu cérebro é sua única arma. Os animais obtêm alimento à força. O homem não tem garras, nem presas, nem chifres, nem grande força muscular. Ele precisa plantar seu alimento ou caçá-lo. Para plantar, necessita de um processo mental. Para caçar, necessita de armas, e para fazer armas... um processo mental. Da mais simples necessidade até a mais alta abstração religiosa, da roda ao arranha-céu, tudo o que somos e tudo o que temos deriva de um único atributo do homem: da função de sua mente, que raciocina.

Mas a mente é um atributo do indivíduo. Não existe uma coisa chamada cérebro coletivo. Não existe uma coisa chamada raciocínio coletivo. Um acordo ao qual chega um grupo de homens é apenas uma concessão mútua ou uma média tirada das idéias de muitos indivíduos. É uma conseqüência secundária. O ato primeiro, o processo do raciocínio, deve ser realizado por cada homem individualmente. Podemos dividir uma refeição entre muitos homens. Não podemos digeri-la num estômago coletivo. Nenhum homem pode usar seus pulmões para respirar por outro homem. Nenhum homem pode usar seu cérebro para pensar por outro. Todas as funções do corpo e do espírito são particulares. Não podem ser compartilhadas ou transferidas.

Nós herdamos o produto do pensamento de outros homens. Herdamos a roda. Fizemos uma carroça. A carroça torna-se um automóvel. O automóvel torna-se um avião. Mas durante todo o processo o que recebemos de outros é apenas o produto final de seus raciocínios. A força motriz é a capacidade criadora que vê esse produto como material, usa-o e origina o próximo passo. Essa capacidade criadora não pode ser dada ou recebida, compartilhada ou emprestada. Ela pertence a homens individuais, únicos. Aquilo que ela cria é propriedade do criador. Os homens aprendem uns com os outros. Mas todo o aprendizado é apenas troca de material. Nenhum homem pode dar a outro a capacidade de pensar. E no entanto essa capacidade é nosso único meio de sobrevivência.

Nada é dado ao homem na Terra. Tudo de que ele necessita tem que ser produzido. E aqui o homem enfrenta uma opção básica: ele pode sobreviver apenas de uma maneira entre duas. Ou com o trabalho independente de sua própria mente ou como um parasita alimentado pelas mentes de terceiros. O criador origina. O parasita enfrenta a natureza através de um intermediário.

A preocupação do criador é com a conquista da natureza. A preocupação do parasita é com a conquista dos homens.

O criador vive para seu trabalho. Não necessita de outros homens. Seu objetivo primeiro é com ele mesmo. O parasita vive de segunda mão. Ele precisa de terceiros. Os outros tornam-se sua principal motivação.

A necessidade básica do criador é a independência. O raciocínio não pode funcionar sob qualquer forma de compulsão. Não pode ser limitado, sacrificado ou subordinado a qualquer consideração, seja ela de que natureza for. Exige total independência de funcionamento e de motivação. Para um criador, todas as relações com os homens são secundárias.

A necessidade básica do homem que vive de segunda mão é garantir suas ligações com outros homens, assim garantindo sua alimentação. Ele coloca as relações em primeiro lugar. Declara que o homem existe para servir aos outros. Prega o altruísmo.

Altruísmo é a doutrina que exige que o homem viva para os outros e coloque os outros acima de si mesmo.

Nenhum homem pode viver para outro. Não pode compartilhar de seu espírito assim como não pode compartilhar de seu corpo. Mas o que vive de segunda mão usa o altruísmo como um instrumento de exploração e inverte a base dos princípios morais da humanidade. Aos homens foram ensinados todos os preceitos que destroem o criador. Aos homens foi ensinado que a dependência é uma virtude.

O homem que tenta viver para os outros é um dependente. É um parasita em sua motivação e transforma em parasitas aqueles a quem ele serve. A relação produz apenas corrupção mútua. É um conceito inaceitável. O que existe de mais próximo a isso na realidade - o homem que vive para servir aos outros - é o escravo. Se a escravidão física é repugnante, quão mais repugnante não é o conceito de servidão do espírito? O escravo subjugado tem um vestígio de honra. Tem o mérito de haver resistido e de considerar sua condição um mal. Mas o homem que escraviza a si mesmo voluntariamente em nome do amor é a mais vil das criaturas. Ele degrada a dignidade humana e degrada a noção de amor. Esta é a essência do altruísmo.

Aos homens foi ensinado que a maior virtude não é realizar, mas dar. E no entanto, não se pode dar o que não foi criado. A criação vem antes da distribuição... ou não haverá nada a ser distribuído. A necessidade do criador vem antes da necessidade de algum possível beneficiário. E no entanto nos ensinam a admirar o que vive de segunda mão e que distribui presentes que não produziu, mais que o homem que tornou esses presentes uma realidade. Elogiamos um ato de caridade. Não damos importância para um ato de realização.

Aos homens foi ensinado que a preocupação primeira deve ser aliviar o sofrimento do próximo. Mas o sofrimento é uma doença. No caso de alguém se defrontar com o sofrimento, tenta-se dar alívio e assistência. Fazer disto o maior teste de virtude é fazer do sofrimento a parte mais importante da vida. Daí o homem deve desejar ver o próximo sofrendo... para que ele possa ser virtuoso. Tal é a natureza do altruísmo. O criador se preocupa não com a doença, mas sim com a vida. E no entanto o trabalho dos criadores eliminou uma forma de doença depois da outra, no corpo e no espírito do homem, e trouxe mais alívio ao sofrimento do que qualquer altruísta pudesse conceber. Aos homens foi ensinado que é uma virtude concordar com os outros. O criador é aquele que discorda. Aos homens foi ensinado que é uma virtude nadar com a corrente. O criador é aquele que vai contra a corrente. Aos homens foi ensinado que é uma virtude ficarem juntos. O criador é aquele que se posiciona sozinho.

Aos homens foi ensinado que ego é sinônimo de mal, e abnegação é o ideal da virtude. O criador é o egotista no sentido absoluto, e o homem abnegado é o que não pensa, não sente, não julga, nem age. Estas são funções do eu.

Aqui é onde a inversão básica é fatal. A questão foi pervertida e não sobrou alternativa ao homem... e também não lhe sobrou liberdade. Como pólos do bem e do mal, foram oferecidos ao homem dois conceitos: egotismo e altruísmo. O egotismo foi tido como o sacrifício de outros em prol do eu. O altruísmo, o sacrifício do eu em prol de outros. Isso atou o homem irrevogavelmente a outros homens e deixou-o sem outra escolha que não a da dor: sua própria dor, tolerada por causa de terceiros, ou a dor imposta a terceiros por causa do eu. Quando se acrescentou a isso que o homem deve encontrar alegria na auto-imolação, a armadilha ficou completa. O homem foi forçado a aceitar o masoquismo como seu ideal... sob a ameaça de que o sadismo era a única alternativa. Esta foi a maior fraude já perpetrada sobre a humanidade.

Esse foi o artifício pelo qual a dependência e o sofrimento foram perpetuados como princípios de vida.

A escolha não é auto-sacrifício ou dominação. A escolha é independência ou dependência. O código do criador ou o código do que vive de segunda mão. Essa é a questão fundamental. Baseia-se na alternativa de vida ou morte. O código do criador é construído sobre as necessidades do raciocínio que permite ao homem sobreviver. O código do que vive de segunda mão é construído sobre as necessidades de uma mente incapaz de sobreviver. Tudo o que resulta do ego independente do homem é bom. Tudo o que resulta da dependência de um homem em relação a outro é ruim.

O egotista no sentido absoluto não é o homem que sacrifica os outros. É o homem que está acima da necessidade de usar os outros, seja lá como for. Ele não funciona por intermédio de terceiros. Não está preocupado com eles em nenhuma questão básica. Nem em seu objetivo, nem em seu motivo, nem em seu pensamento, nem em seus desejos, nem na fonte de sua energia. Ele não existe para um outro homem... e não exige que outro homem exista para ele. Essa é a única forma de fraternidade e respeito mútuo possível entre os homens.

Existem os mais e os menos capazes, mas o princípio básico permanece o mesmo: a independência de um homem, sua iniciativa e o amor pessoal que ele tem por seu trabalho são diretamente proporcionais a seu talento como trabalhador e a seu valor como homem. Independência é o único meio de aferir a virtude e o valor humanos. O que um homem é e faz de si mesmo; não o que ele fez ou deixou de fazer pelos outros. Não existe substituto para a dignidade pessoal. Não existe critério de dignidade pessoal que não o da independência.

Em todos os relacionamentos adequados, não existe o sacrifício de um pelo outro. Um arquiteto precisa de clientes, mas ele não subordina seu trabalho aos desejos destes clientes. Eles precisam do arquiteto, mas não encomendam uma casa só para lhe dar uma empreitada. Os homens trocam seus trabalhos de livre e mútuo consentimento, em prol de uma vantagem mútua quando seus interesses pessoais convergem e os dois desejam esta troca. Se eles não a desejam, não são obrigados a lidar um com o outro. Continuam procurando. Esta é a única forma possível de relacionamento entre iguais. Qualquer outra coisa é uma relação de escravo com senhor, ou de vítima com algoz.

Nenhum trabalho é feito coletivamente, pela decisão da maioria. Todos os trabalhos criativos são realizados sob a direção de uma única cabeça. Um arquiteto precisa de muitos homens para erguer seu prédio. Mas ele não lhes pede que votem contra ou a favor de seu projeto. Trabalham juntos de livre acordo, e cada um é livre em sua determinada função. Um arquiteto usa aço, vidro e concreto produzidos por terceiros. Mas os materiais permanecem sendo aço, vidro e concreto até que o arquiteto os toca.

O que ele faz com os materiais é um produto seu, individual, e propriedade sua, particular. Esse é o único modelo de uma cooperação apropriada entre os homens.
O direito mais básico que existe é o direito do ego. O primeiro dever do homem é para consigo mesmo. Sua lei moral deve ser nunca colocar seu principal objetivo na pessoa de um terceiro. Sua obrigação moral é de fazer o que deseja, desde que seu desejo não dependa a principio de outros homens. Isso inclui toda a esfera de sua capacidade criadora, seu raciocínio, seu trabalho. Mas não inclui a esfera do gângster, do altruísta e do ditador.

Um homem pensa e trabalha sozinho. Um homem não pode roubar, explorar ou mandar... sozinho. Roubo, exploração e desmandos pressupõem vítimas. Implicam dependência. Aqui entramos no terreno dos que vivem de segunda mão.

Monarcas não são egotistas. Eles não criam nada. Existem tão-somente através das pessoas dos outros. Seu objetivo está em seus súditos, na atividade de escravizar. São tão dependentes quanto o mendigo, a assistente social e o bandido. A forma de dependência não vem ao caso.

Mas aos homens foi ensinado ver os que vivem de segunda mão... tiranos, imperadores, ditadores... como expoentes do egotismo. Por meio dessa fraude foram forçados a destruir o ego, destruir a si próprios e aos outros. O propósito dessa fraude era destruir os criadores. Ou amordaçá-los. O que é sinônimo.

Desde o começo da história, os dois antagonistas encontram-se face a face: o criador e o que vive de segunda mão. Quando o primeiro criador inventou a roda, o primeiro a viver de segunda mão reagiu. Inventou o altruísmo.

O criador... renegado, contrariado, perseguido, explorado... continuou, seguiu em frente e carregou toda a humanidade junto com sua energia. O que vive de segunda mão não contribuiu em nada para com o processo, exceto com os impedimentos. A competição ganha um outro nome: o indivíduo contra a coletividade.

O 'bem comum' da coletividade... uma raça, uma classe, um estado... foi a reivindicação e a justificativa de toda a tirania já estabelecida sobre os homens. Todos os grandes horrores da história foram cometidos em nome de um motivo altruísta. Será que algum ato de egoísmo já equiparou-se à carnificina perpetrada pelos discípulos do altruísmo? Será que a culpa encontra-se na hipocrisia dos homens ou na natureza do princípio da coisa? Os mais temidos sanguinários foram os mais sinceros. Eles acreditaram na sociedade perfeita, à qual chegava-se por meio da guilhotina e do pelotão de fuzilamento. Ninguém questionou o seu direito de matar, uma vez que estavam matando por um fim altruísta. Aceitava-se que o homem deve ser sacrificado por outros homens. Os atores são outros, mas o curso da tragédia permanece o mesmo. Um humanitário que começa com declarações de amor à humanidade e termina com um mar de sangue. Isso continua e vai continuar enquanto o homem acreditar que uma ação é boa se ela é desprendida. Isso permite que o altruísta aja e obrigue suas vítimas a suportarem sua ação. Os líderes de movimentos coletivistas não pedem nada para si. Mas observem os resultados.

O único bem que os homens podem fazer uns aos outros e a única afirmação de um relacionamento apropriado é: Não se meta!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Uruguai buenacho

Quatro dias e três noites. Esse foi o tempo que levamos para viajar de moto ao Uruguai, com destino a Montevidéu, e voltar. Saímos em 20 de setembro, quinta-feira, dia da pátria riograndense, para rodar, ver e visitar paisagens e lugares inusitados, criando um feriadão inesquecível.
O itinerário foi pensado pelo Rodrigo e sua namorada, a Natana. Como intruso, acabei tornando a viagem acinonyxiana. Assim, como manda o espírito do motociclista, sempre a postos para uma aventura.
Rodamos cerca 560 km até o Chuí, no primeiro dia, com direito a chuva, frio e sol acanhado, pouco antes da chegada. Segundo dia com mais 360 km até Montevidéu, passando pelo forte de Santa Tereza, sob um céu azul. Um passeio pela capital antes de encarar os 560 km até Bagé, no sábado, terceiro dia, que terminaram sob chuva fraca nos últimos quilômetros de Uruguai, pela Ruta 8. E, no último dia, mais 430 km sob chuva forte, desde Bagé até em casa.

É um povo que fala uma lígua linda, e que, mesmo tendo o latim como origem, é pouco compreensível pela velocidade que as palavras saem. As pessoas são prestativas e estão sempre prontas a ajudar os estrangeiros. Um país de tradições e respeito.

Percurso: 1890 km


Ponto de encontro no viaduto de Estância Velha


Parada em Pelotas para almoçar


Parada para vestir capa de chuva e fotografar o
comboio da ALL que estava passando


Rodando inflado pelo vento


Uma capivara arriscando a vida na chegada ao Taim



15 km de banhado


Um mapa pintado na parede ao lado do posto em Curral Alto


Tirando a capa de chuva


No Chuí nos hospedamos na mesma pousada que em 2003


Uma placa para dar as boas-vindas


Parada na aduana uruguaia para ingressar no país


Voltamos ao Chuí para fazer a troca da moeda



Estátua de Leonardo Olivera, no forte de Santa Teresa


A paisagem e as poderosas


Em frete ao trilho da entrada do forte de 1762


No portão principal do forte


Um sabiá pousando para foto sobre uma das guaritas de vigília


O local foi bem escolhido para uma edificação de guerra


Uma aula de história sobre o lugar


Vista interna do forte, com o Atlântico ao fundo


Canhões que nunca foram usados


Enchendo o tanque, em Rocha


Não se encontram motos de grande cilindrada por lá


Num posto Petrobras em Pan de Açucar

A passagem por Pan de Açucar


A caminho de Montevidéu em uma estrada perfeita


Ponte de Las Américas, na chegada à capital


No centro um posto de gasolina para pedir informações sobre hotéis


Nossos vistos e mapas de Montevidéu


Na Plaza Libertad, também no centro


Monumento a Liberdade, do escultor
italiano Giuseppe Livi


Muito grafismo e estilo num motor 125 cm3


Plaza Cagancha


Hotel Arapey onde pernoitamos


Pronto para o passeio de moto pela cidade


Um Fiat 500 (o Luigi, do Carros)


Rua Uruguay, no bairro Ciudad Veja


Um prédio da rua Uruguay com sua bandeira


Na avenida Francia, vista para o mar, perto do porto


Prédio na avenida Francia


O obelisco de Montevidéu


De volta à estrada, mais de 800 km
pela frente até chegar em casa


Um dos últimos postos Ancap, a estatal
petrolífera uruguaia, que paramos